Felizes para sempre - Norma Barreto | Psicóloga e Sexóloga em Recife

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Felizes para sempre
O mito do casamento perfeito



O mito que conduz muitos casais e alimenta o relacionamento na visão de alguns, remete ao que se espera que o outro cumpra.
Diante da expectativa ampla e incondicional, a frustração é inevitável.

Daí ficar mais fácil colocar no outro as insatisfações, medos, amarguras, tensões. No íntimo, sabe-se que o outro não é capaz, nem tem poder suficiente para assumir esta responsabilidade. Mas o desejo persiste/insiste.
Humanos são – frágeis, medrosos, inseguros, responsáveis, batalhadores, esperançosos, ansiosos, ternos, calmos, amorosos, afetivos, compreensivos, amantes... uma gama de sentimentos.
Diante da complexidade e subjetividade de cada um, como esperar a plenitude, o equilíbrio?

Um relacionamento perfeito e tranquilo demais é perigoso e assustador, pois pode ser confundido com estagnação; pode ocultar verdades subjetivas que não são ditas, ocultadas das mais diversas formas e que têm um efeito subliminar nos comportamentos e nos relacionamentos.

O que parece marasmo, sem graça, pode ser nosso olhar turvo, que não percebe o outro real. A empolgação dos primeiros momentos juntos, gradativamente dará espaço à verdadeira forma do relacionamento do casal; o que em algumas pessoas poderá desmotivar, perder o interesse em continuar e permanecer juntos, pois confundem que casar é estar plenamente gratificando sistematicamente os sonhos mais íntimos e algumas vezes mais ocultos.

Diante das divergências, quem toma a iniciativa e aborda as dificuldades, se expõe mais e muitas vezes é mal interpretado(a), como se estivesse em um processo acusatório em relação ao outro.
Falar dos desencontros é uma forma de adequar e ajustar os comportamentos para seguir de forma mais harmoniosa.

Uma fala clara e explicativa permite a construção permanente e sistemática da construção da vida do casal.
Não se trata da chamada “DR” discutir relação, que tantas pessoas fogem, reagem negativamente, se armam das mais diversas formas e nem sempre atinge-se o objetivo.

A comunicação do que incomoda e desconforta, numa linguagem clara, objetiva e sem acusações, falando dos sentimentos e pensamentos de forma esclarecedora, favorece a mudança do comportamento de quem ouve e de quem fala.

Se a mensagem não é clara, não há comunicação.

Geralmente quem fala considera que está com razão (certo)/a; enquanto o que ouve (errado)/a. Com esse desencontro de pensamentos e ausência de comunicação, é praticamente impossível a compreensão das faltas e do que desconforta.
Lídia Rosemberg  diz que “a imagem dos dois pombinhos pode ser ótima para cartão do Dia dos Namorados ou para enfeite de bolo de casamento, mas não serve para retratar um relacionamento real entre seres humanos”. “Dificilmente um casal assim teria um relacionamento sexual gratificante, pois a sexualidade plena só acontece entre pessoas de carne e osso, com cheiros e secreções, descontroles e sufoco”.
Nem sapos, nem príncipes, nem princesas, nem bruxas, mas ambos devem procurar juntos, um território comum que possa ser compartilhado.
Sem esquecer que cada um precisa do seu momento só, individual, para desfrutar de seus sentimentos, reflexões, silêncios, lazer.

Sendo o momento do casal mais reconfortante uma vez que ambos sentem a autonomia e o desejo de ficarem juntos.
“Quem, for boa companhia para si mesmo, certamente será também uma companhia mais interessante para outros”. Lídia Rosemberg – psicoterapeuta de casais.
O relacionamento passa a ser mais próximo da realidade de cada um, compreendendo imperfeições, acertos, erros e tentativas, menos fantasioso e mais verdadeiro. Sem alimentar que o encontro amoroso é eterno e pleno, que automaticamente e sem esforço serão “FELIZES PARA SEMPRE

Norma Barreto
Psicóloga, Pedagoga, Sexóloga


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